sábado, 16 de maio de 2009

Benvenuti a tutti!



Nossa saga no Brasil tem início com a vinda de GIACOMO BARZANI DE MARCO, nascido na Itália em 1883, filho de ANGELA MARZIGA DE MARCOS e CARLOS BARZANI MARCOS.

Aos 29 anos, em 1912, Giacomo casou-se no Rio de Janeiro com a brasileira ANTONIETA TAVARES DA COSTA, então com 15 (quinze!) anos completos. Veja a certidão de casamento!



GIACOMO e ANTONIETA tiveram 9 (nove!) filhos:

  • VITOR BARZANI DE MARCOS
  • ZETON (?) BARZANI DE MARCOS
  • HILDA BARZANI DE MARCOS
  • PASCHOALINA BARZANI DE MARCOS
  • WALDEMIRA BARZANI DE MARCOS
  • HOLANDA BARZANI DE MARCOS
  • LEONDA BARZANI DE MARCOS
  • LECONDA (?) BARZANI DE MARCOS
  • BRUNNO BARZANI DE MARCOS

GIACOMO era OPERÁRIO e faleceu de insuficiencia cardíaca no Rio de Janeiro, aos 1950, aos seus 67 anos. Veja sua certião de óbito.




Os italianos, como todos os demais imigrantes, deixaram seu país basicamente por motivos econômicos e sócio-culturais. No caso específico da Itália, depois de um longo período de mais de 20 anos de lutas para a unificação do país, sua população, particularmente a rural e mais pobre, tinha dificuldade de sobreviver seja no campo ou nas cidades. A economia italiana se encontrava debilitada, associada a problemas de alta taxa demográfica e desempregos. Por outro lado, na mesma época, com o sucesso da campanha abolicionista no Brasil, as prósperas plantações de café necessitavam cada vez mais de mão de obra livre.

"Itália bela, mostra-te gentil
e os filhos teus não a abandonarão
senão eles vão todos para o Brasil
e não se lembram mais de voltar
ainda aqui haveria trabalho
sem ter que emigrar para a América
o século presente está nos deixando
e o novecentos se aproxima
eles têm a fome pintada na cara
e para saciá-los não existe a medicina
a cada momento escutamos dizer:
e vou pra lá onde tem a colheita do café".

Canção dos imigrantes
(Final do século XIX)

Os primeiros imigrantes a deixarem a Itália na época da "grande imigração" (1870-1920), foram sobretudo os vênetos (provável origem de nosso Giacomo, segundo conta Leonda Barzani Avila!), cerca de 30% do total, seguidos dos habitantes de Campânia, Calábria e Lombardia.

Se os vênetos eram mais loiros do que a maioria dos italianos, eram pequenos proprietários, arrendatários ou meeiros, para quem a possibilidade do acesso à terra era um estímulo
decisivo para o empreendimento da arriscada viagem; os imigrantes do sul eram morenos, mais pobres e rústicos, geralmente camponeses que não dispunham de nenhuma economia e eram chamados de braccianti.

Emigração italiana para o Brasil, segundo as regiões
de procedência - período 1876/1920
Regiões de procedência Emigrantes
Vêneto 365.710
Campânia 166.080
Calábria 113.155
Lombardia 105.973
Abruzzi/Molizi 93.020
Toscana 81.056
Emília Romana 59.877
Brasilicata 52.888
Sicília 44.390
Piemonte 40.336
Puglia 34.833
Marche 25.074
Lázio 15.982
Úmbria 11.818
Ligúria 9.328
Sardenha 6.113
Total 1.243.633
Fonte:Brasil 500 anos de povoamento. IBGE. Rio de Janeiro. 2000

A grande massa de italianos que se tornava colono ou empregado de uma fazenda de café trabalhava em condições muito duras, tendo pequenas oportunidades de acumular algum capital. Eram proporcionalmente poucos os que realizavam o sonho da compra de uma pequena propriedade e quando o faziam, não se tratava de propriedades de grande valor.

Uma outra parte de imigrantes localizou-se nas cidades, adensadas por indivíduos que abandonavam o campo, reemigravam de outros países ou mesmo burlavam a vigilância, não seguindo para o interior. Dentre elas, destacam-se São Paulo, que recebeu o maior contingente desta nacionalidade, e o Rio de Janeiro com seus arredores, por ser a capital do país e um dos portos mais importantes de chegada de imigrantes.

No Rio de Janeiro, rivalizaram com portugueses, espanhóis e brasileiros. Em ambas as cidades os imigrantes italianos experimentaram condições de vida e de trabalho tão árduas quanto as encontradas no campo.


Na condição de operário, era muito difícil ao imigrante melhorar de vida, financeira e socialmente. Portanto, não era raro que italianos e estrangeiros em geral desejassem trabalhar por conta própria, realizando serviços e trabalhos típicamente urbanos nas maiores cidades brasileiras.

Apesar das dificuldades certamente encontradas para se estabelecer no novo mundo, GIACOMO conseguiu até mesmo adquirir propriedade imóvel, como demonstra seu óbito.

Envie pra nós QUALQUER informação ou documentos sobre os membros de nossa família! Um mero detalhe pode facilitar nossas buscas imensamente, pois buscamos também entender a história de nossos antepassados.

Arrivederti
Sergio